Falar da submissão feminina
na sociedade patriarcal é assunto que ainda instiga a muitos, tudo porque as
mulheres conquistam cada vez mais seu espaço, buscam a igualdade e, por não
dizer a própria superação. O que já acontece, conforme podemos perceber em suas
conquistas. Apesar desta luta, vivemos em uma sociedade inflexível e moralista,
que reflete o machismo predominante em nosso meio, remontando assim a sociedade
burguesa do século XVII, onde surgiram os contos de Charles Perrault. O papel masculino dita as
regras, deseja e permite o desempenho da mulher na sociedade, mediante suas
vontades, necessidade e princípios.
Embora tenha dado maior
ênfase ao enfrentamento de Shrek com os sogros, o desenho animado da produtora
Dream Works, mais uma vez aborda a sujeição feminina, isso acontece quando o
pai de Fiona decide entregá-la a um príncipe que ele próprio escolhe, deixando
clara a insignificância da mulher de nem mesmo ter o direito de opinar, de
poder escolher aquilo que realmente quer. É interessante perceber que o
mesmo camuflado tema remonte a sociedade patriarcal em que ainda vivemos e que,
talvez, por cumplicidade preferimos, muitas vezes, ignorá-la, ou simplesmente
não estabelecer significações reais com o mesmo, supondo que tudo não passa de
simples fantasia.
Esse texto é só para ilustrar
a minha indignação ao me deparar com uma situação pouco comum. Uma mulher
linda, independente, inteligente se curvando diante de pessoas antiquadas e
pouco esclarecidas.
Não tenho nada a ver com isso, mas é meu dever
alertar sobre as conseqüências de uma vida sem riscos necessários. É muito fácil para aqueles
que te pressionam. Eles já têm suas famílias, seus filhos, suas aventuras e
desventuras. Muitos
dos problemas familiares não são, necessariamente, problemas familiares, mas um
problema de sabedoria. Às vezes falta tato e maturidade para lidar com
determinadas situações.
Aquele
desejo enorme de voar ante tanto céu, tanto ar, também é apenas mais um
problema de discernimento: você pode voar, não há correntes amarrando teus pés. Há
três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra
pronunciada e a oportunidade perdida. Peço mil desculpas por ter tentado realçar essa beleza escondida, essa alegria enclausurada, essa exuberância aprisionada. O que fiz foi por pura admiração e carinho. Não me arrependo , porém poderia ter sido interpretada de outra maneira. E continuo a repetir: "Ouse, Ouse, Ouse... ouse
tudo!!! Não tenha necessidade de nada! Não tente
adequar sua vida a modelos, nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém.
Acredite: a vida lhe dará poucos presentes. "
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